“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel

“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel
Villa Borghese, Roma, Itália.

O Universo Mahler

sábado, 29 de setembro de 2018

Na última quinta-feira (27 de setembro), os alunos do Ensino Médio regular do turno da EEEM Irmã Maria Horta estiveram no Centro Cultural SESC Glória para assistir a um concerto da Orquestra Sinfônica do Estado do Espírito Santo (OSES). Nessa temporada 2018 da OSES, sob a regência do maestro Helder Trefzger (acima, de preto), o tema foi "O Universo Mahler". 

A apresentação de abertura o Concerto para trompa nº 4, em Mi bemol maior, k. 495, de Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791), datada de 1786. Composto por um Allegro moderato, um Romanza (Andante) e um Rondo (Allegro vivace), teve como solista Luiz Garcia, na trompa. 

Todos os concertos para trompa de Mozart foram dedicados a Joseph Ignaz Leutgeb (1732-1811), um trompista berlinense, nascido em Salzburgo, Áustria. Como seus antecessores, o quarto concerto é uma peça virtuosística que permite ao solista mostrar uma variedade de habilidades. O Concerto para trompa nº 4 tem como uma de suas particularidades a presença de duas trompas como parte do acompanhamento orquestral. 

A seguir, a OSES apresentou a Sinfonia nº 5, em dó sustenido menor, de Gustav Mahler (1860-1911). Apesar de ser constituída por cinco movimentos, a Quinta Sinfonia de Mahler divide-se em três grandes seções. A primeira parte é composta pelos primeiro e segundo movimentos. A segunda parte corresponde ao Sherzo, sendo esse o trecho mais longo. Por último, a terceira parte, formada pelo Adagietto e pelo Rondó/Finale

A obra se destaca pela grandiosidade da orquestração e, sobretudo, pelo aspecto psicológico. Segundo os críticos musicais, nela convivem o mais trágico e o mais alegre dos mundos. São cinco movimentos, sendo os dois primeiros quase temáticos, explorando o lado trágico da vida. No terceiro movimento, há uma valsa, que mistura nostalgia e ironia. O movimento mais famoso é o Adagietto, utilizado no filme Morte em Veneza (1971), de Luchino Visconti. 

Por fim, o quinto movimento, Finale, de caráter exuberante e alegre, parte de motivos populares. Em determinado momento, o caráter angustiante dos primeiros dois movimentos se funde com a alegria dos últimos, combinando assim os elementos tão distintos de escuridão e luz que convivem na sinfonia.  

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