sexta-feira, 13 de outubro de 2017
Um médico trata as feridas de um doente de sífilis. Para não se contaminar, ele aplica a pomada de mercúrio com uma espátula. Frankfurt, 1562.
Fonte: University of Glasgow
Existem debates acalorados sobre a origem da sífilis. Até o momento, pesquisas sobre o material genético da sua bactéria não esclareceram onde ela surgiu. Para alguns especialistas, ela já existia na Europa antes da descoberta do Novo Mundo. Teria sido confundida com a lepra, dentre outras doenças.
Contudo, se a sífilis já existisse na Europa antes das grandes navegações, não seriam de se esperar epidemias por esse mal na década de 1490, uma vez que ela já seria conhecida no Velho Mundo. O fato é que ela foi descrita na Europa e em epidemias logo após o retorno das embarcações de Cristóvão Colombo. A doença disseminou-se entre os prostíbulos das cidades portuárias espanholas e a partir deles, provavelmente também pelos marinheiros espanhóis, chegou a outros portos da Europa. Chegou a Nápoles e acometeu um exército vitorioso da França, em 1495, quando ele havia derrotado os espanhóis que disputavam com eles a região. Os mercenários franceses levaram a doença consigo e a disseminaram para as suas regiões de origem através de relações sexuais. Nos anos seguintes, a sífilis espalhou-se por toda a parte no continente europeu, permanecendo como um flagelo pelas décadas seguintes.
Bibliografia consultada: UJVARI, Stefan Cunha. A História da Humanidade contada pelos vírus, bactérias, parasitas e outros microrganismos. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2013, p. 85-86.
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