domingo, 8 de outubro de 2017
Os síndicos da guilda dos alfaiates (1662). Óleo sobre tela de Rembrandt (1606-1669). Rijksmuseum, Amsterdã, Países Baixos.
A propósito dessa imagem, leia o artigo Traços puritanos na pintura de Rembrandt.
A propósito dessa imagem, leia o artigo Traços puritanos na pintura de Rembrandt.
"O Calvinismo foi a base dos movimentos protestantes em França, em Genebra, na Escócia e na Holanda, e uma influência importante na Alemanha e na Inglaterra, e mais especialmente nas colónias que os Puritanos emigrados fundaram na América no século XVII. A força deste movimento nasceu da excelência da sua organização e da imponente majestade da sua teologia. Essa organização, moldada na de Genebra e abrangendo tanto o laicado como o clero, consistia, em resumo, numa série de associações ligadas umas às outras; em França, onde estas incluíam o consistório, o colóquio e o sínodo, forneceu a espinha dorsal do movimento de resistência huguenote. Noutros lugares assumiu, por vezes, uma tal importância política e social que veio a ser o factor determinante da história do país. Na Holanda deu novo ímpeto à rebelião contra a Espanha e derrotou os críticos arminianos do rigorismo calvinista no começo do século XVII.
O Calvinismo foi indubitavelmente robustecido nas lutas contras as potências e os principados pela sua sublime fé na sabedoria orientadora e na graça misericordiosa de Deus. Longe de tornar os homens indiferentes à virtude (como realmente de início poderia supor-se), a crença na predestinação estimulou-os a viverem uma vida digna, interpretada às vezes num sentido demasiado estreito. Segue-se que eram raros os calvinistas que pensavam em termos da sua própria condenação eterna (...). A maior parte dos calvinistas estavam convencidos de se encontrarem entre os eleitos da graça divina."
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