sábado, 7 de outubro de 2017
Um militar do serviço médico da ONU presta socorro a uma sobrevivente do massacre de Kibeho. Fotografia de George Gittoes.
Fonte: Africanagenda.net
Na África, mais de meio milhão de tutsis tinham sido assassinados por hutus em 1994. A vingança tutsi não se fez esperar. No dia 18 de Abril de 1995, depois de declarar os campos de refugiados no Sul um 'viveiro' de guerrilheiros hutus no ano anterior, o governo do Ruanda mandou encerrar os campos. Encerrar queria dizer matar. Um soldado das Nações Unidas presenciou a cena num dos campos: 'Os soldados agiam como bárbaros, perseguindo e apanhando refugiados que tinham fugido ao seu cerco.' Muitos dos apanhados foram mortos a golpes de baioneta. Um trabalhador de uma organização humanitária ocidental que estava no campo de Kibeho no auge do massacre disse aos jornalistas no dia seguinte: 'Vimos o exército alvejar a tiro pelas costas pessoas que fugiam do campo, velhos e mulheres, sem distinção.' Os hutus sobreviventes do massacre de Kibeho foram levados a pé para o estádio de uma cidade vizinha onde, um ano antes, milhares de tutsis tinham sido massacrados por hutus. Quando chegaram ao estádio, escreveu Eve-Ann Prentice, correspondente diplomática do jornal The Times, 'foram apedrejados ou agredidos à catanada por civis.
GILBERT, Martin. História do Século XX. Tradução de Francisco Agarez. 3ª edição. Alfragide, Portugal: Dom Quixote, 2014, p. 596.
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