segunda-feira, 19 de setembro de 2016
Bom Pastor nas catacumbas de Calisto, em Roma (séc. III).
"Jesus viveu a religião que o conduziu sempre no temor de Deus. Sua vida, pensamentos e sentimentos foram sempre dependentes dessa relação. Não obstante isso, não falava como os fanáticos nem como os que se deixam arrebatar por êxtases estranhos, incapazes de perceber além de sua limitada experiência. Pregou sua mensagem e contemplou o mundo e a vida com novos olhos para as pessoas a seu redor, grandes e pequenas. Disse que não adiantava ganhar o mundo e perder a alma, embora mostrasse simpatia por todos. Este foi o mais notável e grandioso fato a seu respeito! Seus discursos, geralmente em forma de parábolas e ditos, deixavam transparecer todos os graus da fala e das emoções humanas. Quando era necessário, falava com indignação apaixonada e reprovava os hipócritas, empregando ironia, às vezes. Mas eram momentos de exceção. Orientava seu comportamento a um único alvo, com calma, uniformidade e profundidade. Nunca usava linguagem estranha e suas profecias eram raras. Incumbido da maior de todas as missões, prestava atenção à vida ao seu redor - prova de muita calma e absoluta certeza."
HARNACK, Adolf von. O Que é Cristianismo? São Paulo: Reflexão, 2014, p. 42.
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