“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel

“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel
Villa Borghese, Roma, Itália.

Leituras públicas em Roma

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Um afresco de Pompeia datado de aproximadamente 50 d.C. Uma mulher da alta sociedade, comumente denominada Sappho, segura um caderno e um estilete. 

O uso das leituras públicas era uma preocupação "lancinante" e "perpétua" dos romanos cultos. O hábito é tão estranho para nós que merece uma explicação. 

Em Roma, os homens de letras ignoraram durante dois séculos o que nós entendemos por "publicar". Até ao fim da República executavam nas suas casas ou na casa de um protetor as cópias das suas obras que seguidamente distribuíam pelas pessoas do seu círculo. Nesse sentido, Cícero confiava a Atticus os seus discursos e tratados, e este criou com a oficina que tinha montado por sua conta uma verdadeira indústria. Na mesma época, César facilitou-lhe o recrutamento duma clientela ao fundar a primeira biblioteca do Estado que Roma possuiu, a exemplo da que existia no museu de Alexandria. Essa biblioteca foi completada por Axinius Pollior e pouco depois ramificou-se pelas províncias.

Bibliografia consultada: CARCOPINO, Jérôme. A vida quotidiana em Roma no apogeu do império. Tradução de António José Saraiva. Lisboa: Livros do Brasil, s/d, p. 237-238.

1 comentários:

Unknown disse...

Parabéns pelas matérias , estudei com meu filho Nicolas e aprendi muito .

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