“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel

“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel
Villa Borghese, Roma, Itália.

O Arianismo e os Bárbaros

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Úlfilas explicando o Evangelho aos godos. Gravura de c. de 1900.

Em 360, quando o semi-arianismo era o cristianismo oficial do Império Romano, Úlfilas foi consagrado bispo. Ele então partiu para ser missionário junto aos godos nas fronteiras do Mar Negro, ensinando-os o cristianismo ariano. 

Quando os godos invadiram a região Noroeste do Império, e lá se estabeleceram, levaram consigo seu cristianismo ariano. À medida em que se espalharam pelo império, os visigodos e os ostrogodos levaram a heresia para a Itália, a Espanha, o Norte da África e a Gália. 

Os invasores viviam em constante conflito com a Igreja do Império e com as populações que haviam conquistado. No século VI, no entanto, os reinos arianos foram absorvidos pelo catolicismo e a heresia acabou desaparecendo por volta do século VIII, como forma organizada de cristianismo. Contudo, a concepção básica do Filho, como intermediário diferente do Pai, não desapareceu. Até hoje, as Igrejas Unitárias constituem um bom exemplo de antitrinitarianismo. 

A heresia ariana, como muitas outras heresias, foi um elemento catalisador na formação da doutrina "ortodoxa". Os credos que tinham sido usados no batismo variavam ligeiramente entre si nas diferentes cidades e nos distritos do Império Romano. No Concílio de Constantinopla, a fórmula de Niceia foi aceita e incluída num credo que deveria ser usado por toda a Igreja.   

Bibliografia consultada: O'GRADY, Joan. Heresia - o jogo de poder das seitas cristãs nos primeiros séculos depois de Cristo. Tradução de José Antonio Ceschin. São Paulo: Mercuryo, 1994, p. 110-111.

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