“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel

“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel
Villa Borghese, Roma, Itália.

A Disputa de Marburgo

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

O Castelo de Marburgo.

Para reforçar a causa protestante e ultrapassar as divisões internas que andavam a estorvar o seu progresso, Filipe I de Hesse (1504-1567) promoveu uma conferência entre Lutero e Zuínglio no seu castelo de Marburgo entre 30 de outubro e 5 de novembro de 1529. 

O ponto crítico dizia respeito ao relacionamento do corpo de Cristo com os elementos Pão e Vinho na Ceia do Senhor. Lutero, caracteristicamente, escreveu a giz no tampo da mesa "Hoc est Corpus Meum", dizendo "Eu tomo estas palavras à letra; se alguém o não faz, eu não discuto, mas contradigo." Zuínglio negava a Presença Real, sustentando que a Ceia (a Missa) não é uma repetição do Sacrifício da Cruz, mas uma comemoração dele; os elementos são meramente os sinais, Sigma, disso. No entanto, alguma coisa se conseguiu. Lutero e Zuínglio concordaram em catorze dos quinze Artigos de Marburgo.     

Adaptado de GREEN, V. H. H. Renascimento e Reforma - a Europa entre 1450 e 1660. Tradução de Cardigos dos Reis. Lisboa: Dom Quixote, 1991, p. 161.

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