“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel

“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel
Villa Borghese, Roma, Itália.

Festa de Pentecostes

sábado, 15 de dezembro de 2018

Judeus colhem espigas de trigo para a festa de Shavuôt (Semanas).

A festa da colheita do trigo, chamada de Festa das Semanas (Êx 34:22), das primícias (Êx 34:22; Nm 28:26), da Colheita (Êx 23:16) e, no Novo Testamento, de Pentecostes (At 2:1). Era uma das três festas nas quais todos os homens hebreus tinham a obrigação de comparecer "diante do Senhor Deus" (Êx 23:17), isto é, deveriam se deslocar até o santuário. Era uma festa que durava um dia, um dos sábados cerimoniais do ano (Lv 23:21). Nela, dois pães de farinha fina, assados com fermento, assim como os sacrifícios animais específicos, eram oferecidos ao Senhor (v. 17-20). 

Os termos "Pentecostes" (de uma palavra grega que significa "quinquagésimo") e "Festa das Semanas" se referem à data dessa festa no quinquagésimo dia, em contagem inclusiva, ou sete semanas após a cerimônia do molho da oferta movida, que ocorria no segundo dia da Festa dos Pães Asmos, "desde o dia imediato ao sábado" (Lv 23:15, 16). Nos dias de Cristo, havia uma disputa entre alguns fariseus e saduceus. Dentre os últimos, alguns argumentavam que o Pentecostes sempre deveria acontecer após um sábado semanal, pois insistiam que o molho da oferta movida, a partir do qual eram contadas sete semanas, tinha de ser apresentado no dia depois do sábado semanal que caía durante a Festa dos Pães Asmos (Talmude Menahoth 65a). No entanto, o outro ponto de vista prevaleceu, de que "o dia imediato ao sábado" significava 16 de nisã, o dia após o sábado cerimonial que dava início à Festa dos Pães Asmos, depois da oferta do cordeiro pascoal no dia 14 de nisã.           

Adaptado de Dicionário Bíblico Adventista do Sétimo Dia. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2016, p. 1057-1058.

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