sábado, 3 de junho de 2017
A Morte de Augusto. Jacques Kuyper (1761-1808).
"No último dia de sua vida, enquanto solicitava informações sobre a repercussão das notícias de seu estado de saúde em Roma, pediu um espelho, mandou arrumar o cabelo e levantar as bochechas pendentes; a seguir, fazendo entrar os amigos, perguntou-lhes 'se lhes parecia que tinha desempenhado bem, até o fim, a comédia da vida', acrescentando mesmo o fecho tradicional:
Se a peça
Vos agradou, aplaudi
E, todos juntos, manifestai vossa alegria.
Dispensou-os então a todos e, estando a perguntar sobre a doença da filha de Druso a algumas pessoas chegadas a Roma, expirou de repente nos braços de Lívia, dizendo: 'Enquanto viveres, Lívia, lembra-te de nossa união. Adeus'. Teve assim uma morte doce, como sempre desejara."
SUETÔNIO. Augusto, 99. In: Os Doze Césares.Tradução de Gilson C. C. de Sousa. São Paulo: Germape, 2003, p. 111.
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