“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel

“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel
Villa Borghese, Roma, Itália.

A Guerra do Paraguai (1864-1870)

terça-feira, 28 de abril de 2015

Existem dois documentários interessantes sobre a história do maior conflito armado da América do Sul. Em primeiro lugar, Guerra do Paraguai - a nossa grande Guerra, do History:


Além desse documentário, um outro, produzido e exibido pela  TV Escola , merece ser promovido. Trata-se de A Última Guerra do Prata:


Recomendo esse vídeo especialmente para os alunos do 8º ano do Ensino Fundamental e 2º ano do Ensino Médio.

Os Cem Anos de um Genocídio

sexta-feira, 24 de abril de 2015

                Há cem anos, no então Império Turco Otomano, ocorreu um dos primeiros genocídios do século XX. Cerca de 1,5 milhão de armênios foram mortos, e milhões de outros foram expulsos, provocando uma enorme diáspora. Atualmente, armênios do mundo inteiro lutam para que a tragédia do seu povo seja reconhecida.
            Os armênios foram os primeiros a adotarem o cristianismo como religião oficial de Estado, em 301. A partir do século V, o reino armênio foi controlado por diversos impérios, como o Sassânida, o Mongol e o Otomano. Por séculos os armênios viveram no Império Otomano ao lado de turcos, curdos e outros povos.
            No final do século XIX, surgiu uma coalizão no enfraquecido Império Otomano - os Jovens Turcos. Eram adeptos do panturquismo (a união dos povos de origens turcas). Os armênios, povo não turco e cristão, passou a ser um obstáculo ao panturquismo. Vítimas de uma dura discriminação durante o reinado do sultão Abdul-Hamid II (1876-1908), os armênios passaram a reivindicar maiores direitos. Em retaliação, cerca de 300 mil deles foram massacrados.
            Em 1908, o fragilizado sultão foi deposto pelos Jovens Turcos, que organizaram-se no Comitê União e Progresso. Membros da cúpula deste órgão elaboraram um plano secreto que veio a ser implementado no início da Primeira Guerra Mundial (1914-1918). A princípio a população armênia seria desarmada; seus líderes e intelectuais seriam destituídos. Depois, os homens seriam exterminados e, os demais, enviados em "caravanas para a morte".
            No dia 24 de abril de 1915 (o "Domingo Vermelho"), intelectuais e líderes da comunidade armênia foram capturados, no contexto do plano acima mencionado. Era o início da série de atrocidades que exterminaram 1,5 milhão de armênios. Portanto, por seu simbolismo, 24 de abril tornou-se o Dia da Memória do Genocídio Armênio.
          O governo turco, que nunca reconheceu o genocídio, encobriu muitos dos vestígios da barbárie. Por exemplo, como muitos armênios foram mortos por inanição, a culpa foi transferida para as circunstâncias difíceis da guerra. Por isso, e também devido ao desinteresse por uma minoria étnica como os armênios, a memória da mortandade sempre foi fraca no Ocidente.
            Por outro lado, os historiadores têm o dever de lembrar aquilo que os outros esquecem, pois "aqueles que não podem lembrar o passado, estão condenados a repeti-lo" (Santayana). A "amnésia" ocidental sobre o genocídio armênio mostrou-se terrível em 1939, uma semana antes da invasão da Polônia pelos alemães. Nessa ocasião, Adolf Hitler ordenou aos seus oficiais "matar sem piedade ou misericórdia todos os homens, mulheres e crianças de raça ou idioma polonês." A fim de animá-los, concluiu com o questionamento: "Quem, hoje em dia, ainda fala sobre o extermínio dos armênios?"
            O drama dos armênios é semelhante ao de muitos outros cristãos que ainda hoje são perseguidos no Oriente. O sofrimento de uns e outros é ignorado pelo mundo, e especialmente pela imprensa ocidental.
            Cumprindo o seu dever, o Vaticano reconhece o genocídio armênio. E o papa Francisco, no último dia 12 de abril, foi o primeiro líder católico a mencionar publicamente o termo "genocídio" ao falar do triste acontecimento. Sem temer os protestos da Turquia - diferentemente do governo dos Estados Unidos - o papa disse que "esconder o mal é como permitir que uma ferida continue a sangrar sem se tratar dela".
          Para que o "mal" não permaneça encoberto, a comunidade armênia no Brasil, composta por cerca de 100 mil pessoas, promove diversos eventos desde o dia 13 de abril. Espera-se que o centenário do genocídio armênio leve o governo brasileiro a finalmente reconhecer um dos genocídios mais desconhecidos do século XX. E que tais crimes contra a humanidade nunca mais se repitam.

Publicado no jornal A Tribuna (24/04/2015).

O acordo entre os EUA e o Irã

quinta-feira, 23 de abril de 2015


Indico o programa acima especialmente para os alunos do 3º ano do Ensino Médio e para todos que irão tentar o ENEM este ano.

Série 'América: a Saga dos EUA'

domingo, 19 de abril de 2015

América: a Saga dos EUA (exibido pelo History) conta a História de um país incrível, cheio de aventuras. Para a produtora britânica Jane Root, os Estados Unidos chamam a atenção por serem uma nação jovem, de pessoas comuns que fizeram coisas extraordinárias.

Assista ao primeiro episódio aqui. Os demais episódios estão disponíveis no YouTube. Segue o segundo (os demais podem ser vistos a partir da reprodução automática):

O desarmamento e os genocídios

quarta-feira, 15 de abril de 2015

O documentário abaixo conta uma História que incomodará a muitos - a História do Desarmamento de Civis.


A lição deste vídeo, frequentemente ignorada nas escolas, é muito simples: antes de iniciarem seus projetos macabros, os genocidas tomaram providências para que suas vítimas fossem devidamente desarmadas. Isso aconteceu, inclusive, aos armênios, cujo genocídio está completando cem anos. 

O genocídio ocultado

segunda-feira, 13 de abril de 2015


Meu próximo artigo, a ser publicado no jornal A Tribuna, lembrará um dos genocídios mais ignorados no Ocidente - o genocídio armênio, perpetrado pelos turcos em 1915.


A partir de hoje, diversos eventos na Grande São Paulo lembrarão o centenário desse crime contra a humanidade. Que os governos turco e brasileiro se sensibilizem e reconheçam a existência dessa atrocidade.



Leia mais sobre o genocídio armênio no blog Julio Severo.

O neopopulismo latino-americano

domingo, 12 de abril de 2015

Neste início de século, alguns espectros que muitos julgavam desaparecidos das sociedades pós-modernas estão ressuscitando na América Latina. Dentre essas "assombrações", o neopopulismo merece destaque. Venezuela, Bolívia, Argentina e Brasil, dentre outros países, têm sofrido com a agenda de uma esquerda medonha, que exalta certas lideranças populares ao passo que mina as instituições e a democracia. 

A guatemalteca Gloria Álvarez tratou dessas e outras questões em entrevista à TVeja:    


Confira a 2ª parte da entrevista AQUI

Recentemente ela foi entrevistada no prestigiado programa Roda Viva. Assistam: 




Além dela, o brilhante jornalista William Waack também se expressou sobre o populismo:

 

As cidades-Estado gregas e suas moedas

quarta-feira, 8 de abril de 2015


Indico as entrevistas abaixo especialmente para os alunos do 6º ano do Ensino Fundamental e 1º ano do Ensino Médio. 

As cidades-Estado gregas

A Dr.ª Maria Beatriz B. Florenzano, antropóloga por formação, é professora titular de Arqueologia Clássica no Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (MAE/USP). É coordenadora do Laboratório de Estudos da Cidade Antiga.


Arqueologia em Delos



Moedas gregas da Sicília

A doutoranda Viviana Lo Monaco, arqueóloga por formação e estudiosa da numismática grega, é membro do Laboratório de Estudos da Cidade Antiga.

A Origem do Homem Americano

terça-feira, 7 de abril de 2015





Indico estes dois vídeos especialmente para os alunos do 6º ano do Ensino Fundamental e 1º ano do Ensino Médio, que estudam as teorias sobre a chegada do homem ao nosso continente.

Adam Smith (1723-1790)

domingo, 5 de abril de 2015

Indico o vídeo abaixo especialmente para os alunos do 8º ano do Ensino Fundamental e do 2º do Ensino Médio, que estão a estudar o Iluminismo.

País da mentira

quarta-feira, 1 de abril de 2015


"VIVA O BRASIL, ONDE O ANO INTEIRO É PRIMEIRO DE ABRIL."

Millôr Fernandes (1923-2012)