Achado: 600 Kg de Moedas Romanas
quinta-feira, 28 de abril de 2016
As moedas têm inscrições dos imperadores Maximiano e Constantino
Trabalhadores espanhóis encontraram ontem dezenove ânforas romanas com 600 quilos de moedas de bronze do final do séc. III e início do IV. É possível que essas moedas, que nunca chegaram a circular, tenham sido cunhadas para o pagamento dos militares.
Segundo a diretora do Museu Arqueológico de Sevilha, para onde as moedas foram transferidas, trata-se de um conjunto numismático único na história do Baixo Império na Espanha, e com poucos paralelos fora desse país.
Fonte: O Globo
A Verdade sobre o Livre Mercado
quarta-feira, 27 de abril de 2016
Três Mitos sobre o Capitalismo
O que é Liberdade Econômica
Capitalismo e Sociedade Livre, por Margaret Thatcher
Lição I: Capitalismo
Lição I: Capitalismo
Mercados conectam o Mundo
A Defesa Moral do Capitalismo
«Avaliação», de H. Werneck
terça-feira, 26 de abril de 2016
Outro livro lido. Desta feita eu tive a oportunidade de conhecer Avaliação - Perguntas e Respostas, do pedagogo Hamilton Werneck (Rio de Janeiro: Wak, 2015). Hamilton já foi secretário de educação em Nova Friburgo, no Rio de Janeiro, e no início do ano eu tive a oportunidade de assistir uma de suas palestras numa capacitação pedagógica.
O opúsculo (tem 102 páginas, mas algumas delas estão em branco) serve, sobretudo, para instigar a discussão sobre certos temas relacionados à avaliação. Embora tenha a vantagem da objetividade, o livro peca pela superficialidade. Não conta, por exemplo, com uma bibliografia ou indicações bibliográficas (embora o autor, pontualmente, faça referências a alguns poucos autores). Assim, como os tópicos são apenas introduzidos, o leitor fica com a sensação de que certas opiniões sobre os processos avaliativos são simplistas. Além disso, certas críticas ao sistema educacional são generalistas e parecem repetir chavões - como, por exemplo, a acusação (em uma única folha!) de que as escolas procuram a uniformização e despersonalizam o alunado. Como se não bastasse um diagnóstico com tais falhas e tão resumido, algumas das soluções propostas são idealistas e pouco claras.
Enfim, trata-se de um livrinho importante para suscitar certas questões sobre a avaliação e a importância da adequação da escola à nossa sociedade multicultural e digital. Os professores devem sempre estar dispostos a aprender e a crescer num mundo competitivo e complexo, e nesse sentido Avaliação tem o mérito de levantar algumas questões. Contudo, deve ser encarado como um ponto de partida, e nunca um ponto de chegada.
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Gostaria de saudar o Rodrigo Melo, leitor deste blog que fez um comentário à minha última indicação bibliográfica. Fico feliz em saber que contribuí para que ele comprasse dois livros. É gratificante saber que "a minha palavra não voltará para mim vazia" (Isaías 55:11).
Boas leituras, Rodrigo. Se os meus escritos contribuem para ampliar o horizonte cultural de uma única pessoa, meu esforço já valeu a pena.
«A Cruz e o Crescente», de R. Fletcher
domingo, 24 de abril de 2016
Um dos melhores livros que li recentemente por sorte também foi dos mais baratos. A Cruz e o Crescente - Cristianismo e Islã, de Maomé à Reforma (Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2004) revela a erudição e o poder de síntese de Richard Fletcher, professor aposentado da Universidade de York.Embora seja um livro pequeno, A Cruz e o Crescente surpreende e capta o interesse do leitor a cada página. Veja, por exemplo, o retrato que é passado da fase final de Alta Idade Média:
"... Entre os anos 750 e 1000, houve muitas interações entre a cristandade e o islã. Algumas foram violentas e destrutivas; outras, harmoniosas e frutíferas. O quadro, movimentado e tumultuado, apresenta guerreiros, diplomatas, convertidos, mercadores, peregrinos, estudiosos, artistas, artesãos e escravos" (p. 75).
As origens e causas das Cruzadas, bem como as suas consequências imediatas, merecem um post à parte. Por ora eu tecerei algumas considerações acerca do cap. 4 ("Comércio, coexistência e saber"), principalmente, e do cap. 5 ("Peneirando o Alcorão") e do Epílogo.
Em 1087, os pisanos, apoiados por contingentes de Gênova e de Amalfi, atacaram e saquearam al-Mahdiyya (Mahdia, na costa entre Sfax e Susa, na Tunísia moderna). A seguir, navegaram de volta para a Itália com um enorme butim, provando que "comércio e pirataria andavam de mãos dadas" (p. 112). Para alguns historiadores, esse ataque foi uma proto-Cruzada.
A Primeira Cruzada e o estabelecimento dos principados cristãos orientais geraram oportunidades que os mercadores italianos se apressaram em aproveitar. Os novos postos avançados precisavam de mantimentos e armamentos. Os genoveses foram os pioneiros: um ano antes da conquista de Jerusalém eles obtiveram uma série de vantagens junto ao novo príncipe normando de Antioquia, tamanho era o valor atribuído ao apoio marítimo que proporcionavam.
Os venezianos, por outro lado, concentraram seus esforços na penetração da zona comercial do Império Bizantino nos mares Egeu e Negro. Já haviam negociado um tratado comercial antes do final do séc. X. Os turcos seljúcidas, em virtude de sua vitória na Batalha de Manzikert (1071), estavam capturando silenciosamente o interior da Anatólia (idem).
Enquanto isso, os normando se fixaram em antigos territórios bizantinos no sul da Itália e na Sicília. Em 1081, um exército normando cruzou o Adriático, conquistou Corfu e cercou Durazzo (na costa adriática da Albânia moderna). Os venezianos auxiliaram o Império, mas no ano seguinte obtiveram sólidos privilégios comerciais que se mantiveram, com altos e baixos, por um século ou mais. Eles ainda se aproveitaram, durante o séc. XII, das oportunidades que surgiram nos Estados cristãos do além-mar. Após a conquista latina do Império Bizantino, durante a Quarta Cruzada, "de potência comercial, Veneza passou a potência imperial" (p. 113).
Os genoveses chegaram tarde à área de comércio bizantina. Sua grande oportunidade veio em 1261, quando ajudaram a restaurar um imperador grego em Constantinopla, sendo agraciados com privilégios comerciais, às custas dos venezianos. Esse foi o início de uma intensa disputa entre as duas cidades por primazia comercial (idem).
Para encerrar esse tópico, cumpre destacar que, além dos pisanos, venezianos e genoveses, Marselha e, especialmente, Barcelona, alcançaram sucesso comercial e urbano nos séculos XII e XIII (p. 114).
"A parte norte dos Estados cruzados do além-mar ficava na ponta ocidental de uma rota terrestre que avançava pelo norte da Mesopotâmia e do Irã até a Ásia Central e, finalmente, a China, caminho que seria trilhado pela família Polo no século XIII" (p. 115).
Aproximadamente entre 1050 e 1250, "uma hegemonia mercantil da Europa ocidental e cristã gradualmente suplantou a hegemonia muçulmano-judaico-grega que até então predominava" (p. 116). Mais tarde essa supremacia foi abalada pela expansão dos turcos otomanos, mas jamais foi derrubada. Essa expansão conviveu com a pirataria no Mediterrâneo, endêmica nesse mar até o séc. XIX (idem).
Compreender essa mudança de eixo hegemônico não é tão simples. O comércio floresce melhor em sociedades que desenvolveram instituições capazes de promover a paz, a ordem e a estabilidade. "Numa visão ampla e geral, a cristandade lentamente alcançou essa condição, enquanto o Mediterrâneo (...) lentamente a perdeu" (p. 117). Contudo, um exame mais cuidadoso derruba esse argumento. A Itália e a Coroa de Aragão não se destacaram pela paz, ordem e estabilidade durante a Idade Média, ao contrário dos Estados da Europa setentrional, mais avançados em termos institucionais.
Essa época mercantilista desenvolveu uma cultura compartilhada, como provam o intercâmbio entre os vocábulos e a difusão dos algarismos indo-arábicos entre os séculos XIII e XIV (p. 117). Apesar disso, "fosse nos Estados do além-mar, na Sicília ou na Espanha, muçulmanos e cristãos viviam lado a lado, mas não se misturavam" (p. 124). "(...) As relações entre cristãos e muçulmanos durante a Idade Média foram marcadas pela persistente incapacidade de compreensão mútua" (p. 164).
Ibn Batutah (+ 1378), um dos viajantes mais incansáveis que existiram, e Ibn Khaldun (1332-1406), "um dos raros pensadores históricos de porte", tinham em comum o desinteresse pelo Ocidente cristão (pp. 157-159). O único exemplo de interesse islâmico sobre a cristandade dos séculos XIV e XV foi o de Rashid al-Din. Em todo o caso, a superficialidade de sua "investida no ocidentalismo" é prova da falta de interesse que os estudiosos islâmicos tinham pelo Ocidente (pp. 159-160).
"Na cristandade, ao contrário, havia um ávido interesse pelo Dar al-Islam (...). Havia o fascínio, que resvalava para uma admiração cautelosa pelo poder e eficiência do Império Otomano" (p. 160).
Em 1321, circulavam amplos rumores de que o emir de Granada e o sultão mameluco do Egito usavam judeus e leprosos como sua rede de agentes numa trama para envenenar os poços da França e da Espanha. Por ocasião da Peste Negra (1347-1351), houve quem responsabilizasse os muçulmanos (p. 163). Em suma, "as relações entre cristãos e muçulmanos durante a Idade Média foram marcadas pela persistente incapacidade de compreensão mútua" (p. 164).
Histórias da História de São Paulo
sexta-feira, 22 de abril de 2016
Terra Desolada
Descoberta do Ouro
O Quadrilátero do Açúcar
A Independência e São Paulo
O Café no Oeste Paulista
O Café no Vale do Paraíba
Novas Ideias
Tiradentes (1746-1792)
quinta-feira, 21 de abril de 2016
Tiradentes esquartejado, Pedro Américo, 2,70 x 1,65 m, 1893. Museu Mariano Procópio, Juiz de Fora, MG. Recomendo uma leitura crítica desta obra.
Tiradentes (Joaquim José da Silva Xavier)
Fazenda do Pombal, 1746 - Rio de Janeiro, 1792.
Nascido na fazenda do Pombal, pertencente atualmente ao município de Ritápolis (MG), tais terras foram antes disputadas por São João Del Rei e São José do Rio das Mortes.
Foi batizado em 12 de novembro de 1746. Era filho do português Domingos da Silva Xavier, proprietário rural, e da brasileira Maria Paula da Encarnação Xavier. Sua mãe o ensinou a ler e a escrever antes mesmo de começar a frequentar a escola. Após a morte prematura da mãe, mudou-se junto ao pai e os irmãos para a sede da Vila de São Antônio. Aos 11 anos perdeu também o pai e permaneceu sob a tutela de um primo até atingir a maioridade. Atuou como mascate e minerador, dedicando-se às práticas farmacêuticas e ao exercício da profissão de dentista, valendo-se a alcunha, depreciativa, de Tiradentes. Em 1780 integrou-se a tropa da capitania de Minas Gerais, sendo nomeado um ano depois, comandante do destacamento dos Dragões, na patrulha da ferrovia que servia como rota para o escoamento da produção aurífera até os portos da capital da colônia. Após perder o posto de marechal da patrulha, pediu licença da cavalaria em 1787. Embora nunca tenha se casado, teve uma filha com Antónia Maria do Espírito Santo.
Passou a viver no Rio de Janeiro, onde idealizou projetos importantes, como a canalização dos rios Maracanã e Andaraí, além de melhorias no abastecimento de água na cidade. Entretanto, não recebeu autorização para empreender as obras, o que o levou a retornar a Minas Gerais. A partir de então passou a defender a independência dessa província, unindo-se aos integrantes do clero e da elite local. O movimento inspirava-se no Iluminismo e na independência dos Estados Unidos, ocorrida anos antes. Seus principais objetivos eram: a busca pela autonomia da província; formar um governo republicano com mandato de Tomás Antônio Gonzaga; tornar São João Del Rei a capital; libertar os escravos nascidos no Brasil; dar início à implantação da primeira universidade na região; dentre outros. Após a decisão da Coroa portuguesa de aplicar a derrama, um novo imposto cobrado para complementar os débitos que os mineradores acumulavam junto à Coroa portuguesa, a conspiração da qual Tiradentes fazia parte ganhou força. Entretanto, Joaquim Silvério dos Reis, em troca do perdão das suas dívidas, delatou o movimento, ocasionando a prisão imediata de todos os envolvidos. Dentre os inconfidentes, destacaram-se padres (como Manuel Rodrigues da Costa), militares (como Francisco de Paula Freire de Andrade, comandante dos Dragões) e poetas (como Cláudio Manuel da Costa).
Tiradentes, a princípio, negou participação na conjura. Depois, no entanto, assumiu integralmente a culpa, inocentando seus companheiros. Apesar disso, todos permaneceram presos por três anos, até o fim da devassa (o processo contra os inconfidentes). Após ser proferida a sentença, os condenados à morte tiveram suas penas alteradas para degredo pela rainha D. Maria I, com exceção de Tiradentes, cuja execução foi mantida. Na manhã do dia 21 de abril de 1792, Tiradentes percorreu as ruas do Centro do Rio de Janeiro, numa autêntica encenação do poder da monarquia portuguesa. A leitura da sentença estendeu-se por 18 horas. Após ser enforcado, Tiradentes foi esquartejado e seu sangue foi utilizado para lavrar a certidão de cumprimento da sentença. Sua cabeça foi levada para Vila Rica (atual Ouro Preto) e exposta num poste. As demais partes do corpo foram espalhadas em vilas do caminho. Sua residência foi arrasada e o terreno foi salgado a fim de que se tornasse estéril.
Após a proclamação da República, Tiradentes foi reabilitado e elevado ao status de herói nacional. Nesse sentido, várias obras idealizadas foram pintadas (como a que abre esse post) e diversos logradouros foram rebatizados com o seu nome.
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Fonte: ERMAKOFF, George (org.). Dicionário Biográfico Ilustrado de Personalidades da História do Brasil. Rio de Janeiro: G. Ermakoff Casa Editorial, 2012, pp. 1240-1241.
Encontrados esqueletos do séc. VII a.C.
segunda-feira, 18 de abril de 2016
Dentre os esqueletos encontrados, 36 ainda estavam acorrentados.
Arqueólogos encontraram 80 esqueletos numa vala comum em Atenas, Grécia. Acredita-se que eram seguidores do nobre Cílon, que tentou um golpe de Estado em 650 a.C.
Com a ajuda de Teáganes, tirano de Mégara, Cílon e outros aristocratas tentaram tomar o poder dos magistrados eleitos de Atenas. O golpe falhou, e ele fugiu com a família. Seus seguidores, embora tenham negociado uma rendição, foram aprisionados e executados.
Fonte: O Globo
STF: vergonha nacional
domingo, 17 de abril de 2016
Marco Aurélio denuncia o 'novato' Barroso
A fraude do voto do ministro Barroso
Toffoli e Mendes denunciam a politização do STF
A leniência do STF exposta por Nêumanne
De Vargas a Costa e Silva
quinta-feira, 14 de abril de 2016
O Governo Getúlio Vargas
O Governo JK
O Governo João Goulart
1964: O Golpe
O Governo Castelo Branco
O Governo Costa e Silva e o AI-5
«A Conquista da América», de Todorov
domingo, 10 de abril de 2016
Acesse esse livro gratuitamente aqui.
Sem receio das críticas dos puristas, Todorov defende que no séc. XVI houve o maior genocídio da História. O ano de 1492 assinalou o início da era moderna pois foi justamente nesse momento em que os homens descobriram a totalidade da qual fazem parte. Vasco da Gama e Fernão de Magalhães talvez fizeram viagens mais difíceis, mas eles sabiam para onde estavam indo. Cristóvão Colombo, por outro lado, não tinha certeza sobre a existência do abismo ao final do oceano (p. 6). O navegador desejava enriquecer, mas a expansão do cristianismo lhe era muito mais importante do que o ouro. De qualquer forma, a necessidade de recursos e o desejo de impor a verdadeira fé não se excluíam, pelo contrário: a primeira era o meio, o outro era a finalidade (pp. 8-10). Já na primeira viagem Colombo esperava encontrar riquezas que fossem revertidas para a conquista de Jerusalém, então sobre domínio muçulmano (p. 11).
"Paradoxalmente, é um traço da mentalidade medieval de Colombo que faz com que ele descubra a América e inaugure a era moderna" (p. 12).
No capítulo "Colombo hermeneuta", Todorov afirma que existiram três impulsos para a sua façanha: o humano (riqueza), o divino e o natural (apreciação da natureza) (p. 15). Como homem de uma época de transição, Colombo acreditava (e encontrava) em ciclopes, sereias, amazonas e homens com caudas (p. 16). Contrariando os índios, ele também acreditava que Cuba era parte da Ásia, e não uma ilha (p. 22) e, por vezes, a sua interpretação, baseada na pré-ciência e na autoridade, nada tinha de "moderno" (p. 23).
Como não concebia que o mesmo termo tivesse significados diferentes segundo as diferentes tradições (ou línguas, ou contextos), Colombo cometeu erros grosseiros. O primeiro deles foi tomar as milhas árabes do astrônomo Alfragamus como milhas italianas, concluindo que a distância entre a Europa e a Ásia pela via ocidental parecia estar dentro do limite das suas capacidades (p. 29). Enfim, o grande navegador não foi bem-sucedido na comunicação humana porque não estava interessado nela; sua preferência era pela terra, não pelos homens (p. 32).
No capítulo "Colombo e os índios", Todorov ressalta que a primeira característica destacada por Colombo sobre os nativos foi a nudez. Além do vestuário, eles seriam desprovidos de qualquer propriedade cultural (costumes, ritos e religião) (p. 33). O navegador começou a descrever os índios a partir de sua beleza física, o que estava em consonância com a sua regra de descrição da natureza (p. 35).
Sobre a personalidade dos ameríndios, Colombo notou que eram generosos mas, ao mesmo tempo, medrosos. Ele contribui muito para a criação do mito do bom selvagem (pp. 37-39). Quanto aos índios, é possível que considerassem os espanhóis como de origem divina (p. 40).
O assimilacionismo (conversão dos índios) ou a relação de superioridade/inferioridade (escravização dos índios) pautaram a experiência da alteridade de Colombo (p. 41). Ele passou de um extremo ao outro, assim que observou que certos índios não aceitavam a catequese. Na sua visão, os resistentes deveriam virar escravos (p. 44). Em seus impulsos de naturalista, Colombo lidava com os índios como se fossem objetos vivos (p. 46).
"Colombo descobriu a América, mas não os americanos" (p. 47).
Foi no ano de 1492 que a Espanha repudiou o seu Outro interior, derrotando os mouros em Granada e expulsando os judeus (p. 47). Colombo não percebeu o Outro, mas ele próprio não tinha nenhuma pátria (p. 48).
O último condenado à morte no Brasil
quinta-feira, 7 de abril de 2016
No próximo dia 28 completar-se-ão 140 anos que o último condenado à morte foi executado no Brasil. Francisco, um escravo, assassinou um respeitado casal de Pilar, em Alagoas, e por isso foi enforcado. Ele chegou a rogar pela clemência do imperador, mas ela foi recusada.
Francisco foi condenado com base numa lei de 1835 que mirava especialmente em escravos que matassem ou ferissem gravemente seus senhores ou membros de sua família. O temor gerado por escravos insurgentes era grande; alguns deles se inspiravam na independência do Haiti.
A partir de 1876, por ordem do imperador D. Pedro II, os enforcamentos foram proibidos no Brasil.
Saiba mais: Senado
Panamá: do Canal aos 'Papers'
segunda-feira, 4 de abril de 2016
O Panamá era parte do território colombiano até 1903, quando conquistou a sua independência com forte apoio estadunidense, cujo governo então seguia a política do Big Stick (Grande Porrete). Os ianques fomentaram essa independência para construírem o Canal do Panamá, importante ligação entre o Mar do Caribe e o Oceano Pacífico (acima). Somente em 1999 o controle do canal passou ao governo panamenho.
Mais de um século depois, os interesses internacionais se voltaram ao país da América Central, mas desta vez por outros motivos. É o que revela o escândalo Panama Papers, que mostra como a empresa panamenha Mossack Fonseca, um paraíso fiscal por meio do qual políticos, criminosos e celebridades movimentaram 2 bilhões de dólares por meio de bancos e companhias com atuação obscura.
No passado e na atualidade, os poderosos usam o Panamá para fazerem aquilo que sabem melhor: canalizar riquezas para os seus próprios bolsos.
O Colosso de Rodes
domingo, 3 de abril de 2016
Uma das sete maravilhas do Mundo Antigo pode ser "ressuscitada". Confira o projeto, acima.
Pérola da Sabedoria de Claraval
sexta-feira, 1 de abril de 2016
É de coração duro o homem que, do passado, só recorda as injúrias que lhe fizeram; não se aproveita do presente e, do futuro, só imagina a maquinação da vingança. Em outras palavras: é de coração duro aquele que nem teme a Deus, nem respeita o homem.
BERNARDO DE CLARAVAL (1090-1153), Da Consideração, II.3.