domingo, 31 de julho de 2022
Historia magistra vitae est. Cícero (106-43 a.C.)
Principalmente em períodos de eleições, é comum sermos indagados acerca das nossas peferências políticas. Ora, mais importante do que nomes, são os projetos e as ideias. Eles serão priorizados de acordo com as visões de mundo de cada um. A fim de fornecer alguns elementos para aqueles que se identificam com o conservadorismo, que é a minha disposição pessoal, apresentarei dez princípios que busco nos candidatos a cargos eletivos no Brasil:
I. Ser conservador, o que significa uma defesa instransigente da vida, da liberdade e da propriedade privada - os direitos naturais, segundo John Locke. Além disso, o candidato estará comprometido com os valores e as instituições tradicionais ligados à moral judaico-cristã, como a família e as organizações da sociedade civil.
II. Ser ficha limpa, e preferencialmente não responder a processos judiciais.
III. Ser humilde, acessível e trabalhador.
IV. Rejeitar os recursos dos fundos partidário e eleitoral, empenhando-se para extinguir essa infâmia do sistema político brasileiro.
V. Ser minimamente coerente e leal do ponto de vista partidário. É verdade que, no Brasil, os partidos políticos frequentemente mais se assemelhem a máfias ou, nas palavras de um comentarista político, a "lojinhas", controladas por caciques e sem programas ou identidade claros. Porém, na medida do possível, o político sério procurará se manter num determinado partido, ou mudará só quando for estritamente necessário, evitando o troca-troca partidário tão comum na República brasileira.
VI. Caso seja um aspirante ou ocupante de um cargo legislativo, comprometer-se mais em fiscalizar o Executivo e revogar as leis inúteis do que criar novas leis. Sua meta será sempre reduzir a burocracia e as regulações desnecessárias.
VII. Não ser populista, e nem fazer promessas mirabolantes ou inexequíveis.
VIII. Ser leal ao voto dos seus eleitores, cumprindo seu mandato até o fim.
IX. Governar ou representar os eleitores no Poder Legislativo de forma austera, abrindo mão de regalias, tais como: carros oficiais, motoristas, planos de saúde, diárias, parte dos assessores e da verba de gabinete, etc.
X. Rejeitar o carreirismo político. No máximo, buscar apenas uma reeleição no mesmo cargo, e promover o debate sobre o recall.