“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel

“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel
Villa Borghese, Roma, Itália.

Marxismo, Doutrina Mística e Dogmática

quarta-feira, 30 de agosto de 2023

 

(...) O marxismo é uma doutrina mística e dogmática. Na prática, apresenta certas características dos dogmas religiosos, principalmente quando se propõe a salvar a humanidade e estabelecer o paraíso na Terra. Diferencia-se em essência das religiões, por negar a existência e a interferência de qualquer "poder divino" na vida pessoal do homem, e na sociedade por ele construída. Na atuação prática, o comportamento do verdadeiro cristão é também antípoda do comportamento marxista. O crente cristão prega e pratica os princípios que se encontram nos Evangelhos - especialmente no Sermão da Montanha - , com ênfase às mensagens de amor: amor a Deus, à humanidade, à família e ao próximo. O crente marxista militante prega a luta de classe, a marginalização e a eliminação sumária daqueles que opõem à implantação do regime comunista materialista e ateu em substituição ao regime social liberal cristão. Ele abomina todas as religiões, por considerá-las "o ópio do povo", usado pela burguesia para dominar e explorar a classe dos trabalhadores. Para atingir seus objetivos, o marxismo procura levar o proletariado - principalmente do Terceiro Mundo - à miséria total (quanto pior melhor), porque somente assim tal miséria coincide com o lado oposto e extremo da contradição capitalista, levando-o à sua destruição final.   

VILLAVERDE, Léo. A Natureza Mística do Marxismo. São Paulo: Paz, 1986, p. 10-11.

Hitler, o Cabo em Comando

domingo, 27 de agosto de 2023

 

Hitler desfila vitorioso pela França. Paris, 23 de junho de 1940.

Seja como for, nessa época [primeiros meses da Segunda Guerra Mundial] Hitler demonstrou grande percepção das possibilidades não convencionais, aumentada pela liberdade de julgamento inerente a seu espírito de autodidata. Dedicara-se longa e intensivamente à literatura militar técnica e profissional; durante toda a guerra, seus livros de cabeceira eram quase unicamente almanaques navais e manuais de ciência militar. Tinha estupenda memória para tudo o que se relacionava com teoria e história da guerra e amplo conhecimento dos detalhes técnicos militares; disso tirava ideias de intervenções eficientes; muitas vezes surpreendeu e irritou seu círculo pela segurança quase fantástica com que podia citar tonelagens, calibres, dimensões ou o material dos diversos sistemas de armamento. Mais ainda: era capaz de utilizar seus conhecimentos com uma espécie de fantasia; tinha um senso profundo das possibilidades de emprego e da eficácia das armas modernas, acompanhado de uma aguda intuição da psicologia do adversário - e todas essas faculdades se manifestavam por meio de efeitos de surpresa cuidadosamente preparados, uma notável previsão das respostas táticas, um faro quase sobrenatural do instante propício: dele partiu a ideia do golpe de mão contra o Forte Eben Emael, assim como a de colocar sirenes estridentes e assustadoras nos Stukas, ou equiparar os blindados com canhões longos e obuses, contra a opinião de inúmeros especialistas. Não sem razão se diz dele que era "um dos especialistas militares mais universalmente informados de seu tempo", e não há dúvida de que não era o "cabo em comando" de que fala uma parte de pretensiosos defensores dos generais alemães.

Pelo menos, ainda era esse o caso, nessa época em que ele tinha o monopólio da iniciativa. A situação mudou na hora da virada, quando suas fraquezas começaram a superar suas forças, incontestavelmente presentes, e quando sua audácia operacional não foi mais do que uma absurda superestimativa de suas faculdades; nesse momento, sua energia tornou-se teimosia e sua coragem não foi mais do que a manifestação de sua índole de jogador - mas essa reviravolta sobreveio bem mais tarde. E foram precisamente os generais - entre os quais primeiro aqueles que se tinham mostrado mais recalcitrantes - que, sob a impressão do brilhante sucesso obtido contra o temido adversário que era a França, terminaram por se render a seu "gênio". Reconheceram que as análises da situação feitas por Hitler eram bem superiores às suas próprias, porque não se baseavam unicamente em considerações militares, mas tinham em conta aquilo que ultrapassava o horizonte limitado dos especialistas; é aí que convém pesquisar uma das razões da confiança - de outra forma incompreensível - despertada constantemente pelas enganadoras garantias de vitória final, pelos castelos de cartas incessantemente reconstruídos nos anos posteriores. O triunfo da campanha da França trouxe a Hitler um novo acréscimo da autossatisfação já profunda e deu novo alento à consciência que ele tinha de ser chamado à mais alta das consagrações, a do campo de batalha.   

FEST, Joachim C. Hitler. Tradução de Analúcia Teixeira Ribeiro [et. al.]. Rio de Janeiro: PocketOuro, 2010, p. 570-572.

O Kibutz: a Utopia Coletiva de Israel

quarta-feira, 23 de agosto de 2023

 

Hitler define o Nacional-Socialismo

domingo, 20 de agosto de 2023

Hitler admira um modelo do carro Volkswagen. À esquerda, o designer Ferdinand Porsche.

Hitler confidenciou então a seus auxiliares mais chegados que não pensava de nenhum modo em promover a extinção, como se fizera na Rússia, dos grandes proprietários; ao contrário, queria levá-los a construir uma nova economia com todas as possibilidades por ela implicadas. Essa classe ainda se consideraria feliz por ver sua existência mantida e suas riquezas poupadas, mesmo que viesse a perder sua independência. Devia ele, pois, modificar essa vantajosa relação de forças, o que traria como único resultado a necessidade de lutar em seguida contra os "primeiros combatentes" e membros muito zelosos do partido, que não cessavam de gabar seus próprios méritos? O problema do título formal de posse dos meios de produção resultava numa simples questão de detalhe: "Por que eu iria forçar essas criaturas a se submeterem a uma disciplina rígida, da qual não conseguem escapar? Eles podem ter tantas terras ou usinas quanto queiram, o importante é que o estado, por intermédio do partido, decida quanto às suas ações e atitudes, pouco importando, assim, que sejam proprietários ou operários. Compreendem agora que tudo isso não significa mais nada? Nosso socialismo tem uma forma de agir muito mais profunda. Não modifica a ordem das coisas, não faz senão mudar as relações dos homens com o estado (...) Que significado têm a partir de agora as expressões 'propriedade' e 'renda'? Por que teremos a necessidade de socializar os bancos e as usinas? Nós socializamos os homens."

FEST, Joachim C. Hitler. Tradução de Analúcia Teixeira Ribeiro [et. al.]. Rio de Janeiro: PocketOuro, 2010, p. 350-351.

A Mensagem de Viktor Frankl

quinta-feira, 17 de agosto de 2023

 

Se ele pôde ver o que eles não viram, foi porque permaneceu fiel à liberdade interior que é a velha mensagem do Sentido em busca do homem: "Se Me aceitas, Israel, Eu Sou o Teu Deus."

Saiba mais sobre a mensagem de Viktor Frankl (1905-1997). Leia o artigo AQUI.