“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel

“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel
Villa Borghese, Roma, Itália.

Pérola de Orwell

sexta-feira, 31 de março de 2017

Projeto - A Igreja Perseguida

quinta-feira, 30 de março de 2017


Está terminando o prazo para que os alunos do CAV enviem seus vídeos para concorrerem no Projeto sobre a Igreja Perseguida. O projeto da disciplina de História faz parte do PMDE para toda a rede adventista de ensino e é facultativo

Os alunos das turmas do Ensino Médio e dos sétimos, oitavos e nonos anos do Ensino Fundamental produzirão vídeos sobre o drama dos cristãos perseguidos nos seguintes países: 

- 7º ano: Arábia Saudita (14º na Lista Mundial da Perseguição)

- 8º ano: Sudão (5º na Lista Mundial da Perseguição)

- 9º ano: Paquistão (4º na Lista Mundial da Perseguição)

- 1º ano (Ensino Médio): Iraque (7º na Lista Mundial da Perseguição)

- 2º ano (Ensino Médio): Somália (2º na Lista Mundial da Perseguição)

- 3º ano (Ensino Médio): Coreia do Norte (1º na Lista Mundial da Perseguição)

Após apresentar brevemente dados sobre a localização e a História do país, os alunos deverão se colocar na posição de um cristão perseguido do país estipulado. A apresentação deverá ter entre 3 e 5 minutos e não poderá conter imagens de violência. 

Os melhores vídeos serão compilados e editados para que um único vídeo seja produzido. A ideia é promover uma conscientização sobre a importância da liberdade religiosa e o drama da Igreja Perseguida.

Doc. 'Grandes Reyes de Babilonia'

quarta-feira, 29 de março de 2017


O documentário é narrado em espanhol e não tem legendas. Contudo, ainda assim é excelente e recomendável para todos os que queiram ter uma visão geral das antigas civilizações mesopotâmicas.

Os Cães

domingo, 26 de março de 2017

Um homem que era dono de dois cães ensinou um a caçar e fez do outro seu cão de guarda. E, então, cada vez que o cão de caça saía a caçar e trazia alguma presa, o dono atirava um pedaço dela também para o outro. Indignado, o cão caçador passou a censurar o cão de guarda, pois, enquanto ele próprio vivia saindo e se estafando, o outro nada fazia e se deliciava com os frutos do esforço alheio. Então, o cão de guarda lhe retrucou: "Mas não faça críticas a mim, e sim ao meu dono! Foi ele que me ensinou não a trabalhar, mas a desfrutar do trabalho alheio." 

Moral: Assim, também, as crianças preguiçosas não merecem censura, quando os pais as educam dessa maneira.  

ESOPO. Fábulas completas. Tradução de Maria Celeste C. Dezotti e ilustrações de Eduardo Berliner. 3ª reimpressão. São Paulo: Cosac Naify, 2016, p. 119.

Pérola de Sowell (II)

sábado, 25 de março de 2017

Sócrates e a Amizade

sexta-feira, 24 de março de 2017


Em outra ocasião, falando Sócrates a respeito da amizade, ouvi-lhe dizer coisas utilíssimas para aprender a conquistar amigos e com eles lidar. Dizia ouvir muita gente repetir ser um amigo sincero e virtuoso o mais precioso de todos os bens, mas de tudo se ocuparem exceto da aquisição de amigos. Afirmava ver toda gente empenhar-se em adquirir casas, terras, escravos, rebanhos, móveis e esforçar-se por conservar o que possui. Mas um amigo, que se considera o mais precioso de todos os bens, não via ninguém cuidar de adquiri-lo e, uma vez adquirido, de conservá-lo. Adoecesse um amigo, não moviam uma palha. Morresse um escravo, choravam-no e consideravam-lhe a morte uma perda. Morresse um amigo e nada julgariam ter perdido. Não descuidam de nenhum de seus bens, mas negligenciam os amigos que necessitam de seus cuidados. Acrescentava a isto que a maior parte dos homens conhece muito bem, por extenso que seja, o rol de tudo o que possuem; quanto aos amigos, por poucos que sejam, não só lhes ignoram o número, mas quando se lhes pergunta quantos possuem, atrapalham-se na enumeração, tanto se importam com os amigos! Contudo, qual o bem comparável a um amigo sincero?

Xenofonte, Ditos e Feitos Memoráveis de Sócrates, Livro II, Cap. IV. 
In: Sócrates. Tradução de Enrico Corvisieri e Mirtes Coscodai. São Paulo: Nova Cultural, 2004, p. 139. 

Tarefa do 7º Ano A/B

quinta-feira, 23 de março de 2017

Em 1358, o reino da França foi alvo de uma violenta guerra social cujos protagonistas foram os camponeses. A fim de conhecerem mais sobre esse episódio, os alunos do 7º ano A e B do Colégio Adventista de Vitória farão um resumo do artigo Revoltas Camponesas na Idade Média

Outro fenômeno da Baixa Idade Média foram Os torneios medievais. Caso queira, o aluno poderá optar por resumir esse artigo. 

O resumo deve ser escrito a caneta azul ou preta e constar no caderno de História. Deverá contemplar todo o texto lido e ter entre 15 e 25 linhas. O visto será dado na próxima aula da disciplina e ajudará a compor a nota bimestral de participação.

Pe. Manoel da Nóbrega (1517-1570)

domingo, 19 de março de 2017


Manoel da Nóbrega 
Serafins do Douro, 1517 - Rio de Janeiro, 1570. 

Filho do desembargador Baltazar da Nóbrega, nasceu no dia 18 de outubro de 1517. Obteve o grau de bacharel em Direito Canônico e Filosofia em 1541. Chegou a se inscrever para lente da universidade, mas, ao apresentar o trabalho para audiência, gaguejou. 

Aos 27 anos, ordenou-se pela Companhia de Jesus (1544), recém-fundada por Inácio Loyola. Como pregador, viajou por Portugal e Espanha. A convite do rei d. João III, embarcou na frota de Tomé de Sousa (1549). Chegou à Bahia em março de 1549, onde teria dito a auxiliares: "Esta terra é nossa empresa." Logo ao chegar, iniciou o trabalho de catequese dos indígenas, dirigindo uma intensa campanha contra a antropofagia, comum entre os nativos, e, ao mesmo tempo, combatendo sua exploração pelo homem branco. O padre Nóbrega continuou aqui por alguns meses, dedicando-se a obras de apostolado e caridade. Participou da fundação das cidades de Salvador e do Rio de Janeiro e também da luta contra os franceses, na condição de conselheiro de Mem de Sá. 

Além de constantes viagens pela costa, deve-se a padre Nóbrega o estímulo para a conquista do interior, ultrapassando o limite da Serra do Mar. O religioso foi pioneiro ao subir o Planalto de Piratininga para fundar a vila de São Paulo, que veio a ser o ponto de partida para o sertão e para a expansão do território brasileiro. A casa e a escola dos jesuítas foram fundadas em Inhapuambuçu, hoje o pátio do colégio. A primeira missa foi ali rezada por Nóbrega em 29 de agosto de 1553, fazendo cerca de cinquenta catecúmenos. 

Em 1563, juntou-se ao noviço José de Anchieta no trabalho de pacificação dos tamoios, que retiraram o apoio aos invasores franceses, finalmente derrotados. Em Iperuí (atual Ubatuba), Nóbrega e Anchieta foram feitos reféns de paz dos índios Tamoios. Nóbrega acompanhou ainda a expedição de Estácio de Sá, encarregada de fundar a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, onde construiu um colégio jesuíta. 

Em resposta ao seu pedido, o rei português enviou d. Pero Fernandes Sardinha para fundar a primeira diocese no Brasil, em Salvador (o bispo Sardinha acabaria devorado pelos índios caetés). Em 1558, Manoel da Nóbrega convenceu o governador Mem de Sá a emitir decretos contra a escravização dos índios. Nomeado o primeiro provincial da Companhia de Jesus no Brasil, foi substituído pelo padre Luís da Grã por estar doente. Com febre e sangramentos pela boca, faleceu no dia 18 de outubro de 1570. 

Nos escritos de padre Manoel da Nóbrega encontra-se o início da história do povo brasileiro do ponto de vista do catequizador. Contribuindo para o estudo dos tupinambás, em suas cartas nota-se a atitude dos jesuítas a respeito da conversão do gentio e da tentativa de extinguir o canibalismo. Seu Diálogo sobre a conversão do gentio (1557), tem grande valor literário e é considerado o primeiro texto em prosa escrito no Brasil. 

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Fonte: ERMAKOFF, George (org.). Dicionário Biográfico Ilustrado de Personalidades da História do Brasil. Rio de Janeiro: G. Ermakoff Casa Editorial, 2012, p. 922.

A Via Crucis dos Cristãos Perseguidos

sexta-feira, 17 de março de 2017

Mulheres no campo de refugiados de Celle, Alemanha (foto: Reuters). Para muitos cristãos que vivem nesses campos, seu pesadelo está longe do fim.


Segundo o Center for Study of Global Christianity, 90 mil cristãos foram assassinados por causa de sua fé em 2016. Para Massimo Introvigne, diretor do Centro de Estudos Sobre Novas Religiões (CESNUR), esses dados alarmantes colocam os cristãos como o grupo religioso mais perseguido do mundo.

Atualmente, cerca de 215 milhões de cristãos são perseguidos no mundo por causa de sua fé. Há 25 anos, a organização Open Doors (Portas Abertas, no Brasil) divulga a lista dos países onde é mais perigoso ser um seguidor de Cristo. A relação inclui México, Colômbia, países da África, Ásia e, sobretudo, do Oriente Médio. 

Além de grupos extremistas, como o Estado Islâmico, narcotraficantes, populares e mesmo governos ameaçam, desalojam, massacram e cometem diversas outras atrocidades contra os cristãos. 

Dentre os governos mais opressivos, destaca-se o da comunista Coreia do Norte, país que há 15 anos lidera o ranking da Portas Abertas. A nação mais fechada do mundo é governada há quase 70 anos pela dinastia Kim, que vê toda a forma de crença como uma ameaça à sua autoridade. O cristianismo, em especial, é perseguido por ser rotulado como uma religião ocidental. 

Os cristãos norte-coreanos precisam esconder a sua fé para não serem presos e enviados a campos de trabalhos forçados. Segundo o Centro de Base de Dados para os Direitos Humanos da Coreia do Norte, ao menos 75% dos cristãos não sobrevivem à perseguição. 

Nos últimos anos, o noticiário internacional deu destaque à crise dos refugiados que buscam entrar na Europa. Os refugiados cristãos do Oriente Médio, além de serem as principais vítimas dos terroristas do Estado Islâmico e da guerra civil síria, ainda sofrem com a omissão do Ocidente, cuja diplomacia foca em interesses petrolíferos e no conflito árabe-israelense. 

Cristãos da Síria e do Iraque chegaram a ter seus pedidos de imigração para os países ocidentais postos em segundo plano pela Organização das Nações Unidas (ONU). Segundo relatos, o governo alemão também está rejeitando pedidos de asilo de refugiados cristãos, deportando-os injustamente. 

Enquanto aguardam por um salvador em campos de refugiados, os cristãos são hostilizados por outros refugiados, normalmente muçulmanos. As autoridades que os deveriam proteger, muitas vezes os discriminam ou são indiferentes às suas queixas. Assim, poucos denunciam a violência. Em todo caso, segundo a Portas Abertas, cerca de 800 refugiados cristãos e yazidis foram atacados por outras etnias nos acampamentos e centros de assistência na Alemanha. Isso apenas no ano passado. 

Os Estados Unidos, país protestante, também deu as costas aos cristãos perseguidos nos últimos anos. Dados do próprio governo informam que, dos quase 11 mil refugiados sírios aceitos no país no ano fiscal de 2016, apenas 56 eram cristãos. Tal descaso é apenas um exemplo da apatia de Washington em relação ao drama dos cristãos. A imprensa internacional, por sua vez, geralmente simpática a Obama, pouco denunciou seu imobilismo ante a tamanha crise humanitária. 

Entretanto, finalmente surgiu uma luz. Dias após sua posse, o presidente Donald Trump anunciou que os cristãos sírios terão prioridade nas concessões do status de refugiado nos Estados Unidos. A noite de choro dos cristãos pode parecer longa, mas sua esperança é de que a alegria virá pela manhã (Sl 30:5).

Publicado no jornal A Tribuna de hoje (17/03/2017).

O Abeto e o Espinheiro

quinta-feira, 16 de março de 2017

Abeto.

Competiam entre si um abeto e um espinheiro. O abeto, para se vangloriar, disse: "Sou belo, alto, de bom porte e útil na construção de navios e de coberturas de templos. E você ainda tenta medir-se comigo?". Ao que o espinheiro respondeu: "Se você se lembrar dos machados e dos serrotes que te abatem, também vai preferir ser um espinheiro."

[A fábula mostra] Que na vida as pessoas não devem se deixar tomar pelo orgulho, pois a vida dos simples é que é livre de ameaças. 

ESOPO. Fábulas completas. Tradução de Maria Celeste C. Dezotti e ilustrações de Eduardo Berliner. 3ª reimpressão. São Paulo: Cosac Naify, 2016, p. 34.

Carlos Marighella (1911-1969)

domingo, 12 de março de 2017


Carlos Marighella 
Salvador, 1911 - São Paulo, 1969. 

Carlos Marighella foi filho de um imigrante italiano, o operário Augusto Marighella, e de Maria Rita do Nascimento, uma negra descendente dos haussás, conhecidos pela combatividade nas sublevações contra a escravidão.

Aos 18 anos, Carlos Marighella iniciou o curso de engenharia na Escola Politécnica da Bahia e passou a militar no Partido Comunista Brasileiro. Sua vida foi dedicada à causa dos trabalhadores, da independência nacional e do socialismo. 

Foi preso pela primeira vez em 1932, após escrever um poema com críticas ao interventor Juracy Magalhães. Uma vez liberto, prosseguiu com a sua militância política, interrompendo a faculdade durante o terceiro ano, em 1932, quando se mudou para o Rio de Janeiro. 

Foi preso pela segunda vez em um protesto no dia do trabalho de 1936. Durante 23 dias enfrentou a repressão da polícia de Filinto Müller. Permaneceu na cadeia por mais um ano e só foi solto por ocasião da "macedada" - medida que libertou presos políticos sem condenação das prisões de Getúlio Vargas. 

Depois dos problemas enfrentados na capital federal, mudou-se para São Paulo, onde passou a agir em prol de dois objetivos maiores: a reorganização dos revolucionários comunistas e o combate ao terror imposto pela ditadura de Vargas. 

Preso pela terceira vez em 1939, novamente foi brutalmente torturado na Delegacia de Ordem Política e Social (DOPS) de São Paulo (foto acima). Resistiu bravamente aos maus-tratos e não concedeu qualquer informação sobre o movimento. Nos seis anos seguintes, ficou isolado em presídios em Fernando de Noronha e Ilha Grande; durante o período, atuou na educação cultural e política dos companheiros de cadeia. 

Anistiado em abril de 1945, logo envolveu-se no processo de redemocratização e organização do Partido Comunista Brasileiro (PCB), agora legal. Eleito deputado constituinte pela Bahia, em menos de dois anos realizou cerca de 200 discursos em defesa das aspirações operárias e contra a crescente penetração imperialista no país. 

Em 1948, em pleno governo anticomunista de Dutra, teve o mandato cassado. Daí em diante, Marighella retornou à clandestinidade, condição em que ficou até o fim da vida. 

Na década de 1950, retornou a São Paulo, onde tomou parte ativa nas lutas populares do período. Posicionou-se contra o envio de soldados brasileiros à Coreia. Em 1958, redigiu o ensaio Alguns aspectos da renda da terra no Brasil, o primeiro de uma série de análises teórico-políticas que elaborou até 1969. Nessa época também conheceu países comunistas como a União Soviética e a China Popular. Anos depois, visitou Cuba. 

Por ocasião do golpe civil-militar de 1964, Marighella foi preso por agentes do DOPS carioca, levando um tiro à queima-roupa no peito por resistir à prisão. Graças a um movimento de solidariedade, os militares aceitaram um habeas corpus que o livrou da prisão. 

Daí em diante, intensificou o combate ao regime militar, utilizando-se dos meios de informação até a luta armada. Desentendeu-se com o Partido Comunista, o qual criticou por seu imobilismo. Fundou então a Aliança Libertadora Nacional (ALN), com o objetivo de derrubar o regime militar através da luta armada. 

Com o endurecimento do regime, passou a ser apontado como o inimigo público número um. Alvo de uma caçada nacional que mobilizou toda a estrutura da política política, foi surpreendido numa emboscada na noite de 4 de novembro de 1969, na capital paulista. Foi então baleado e morto por agentes do DOPS sob a chefia do delegado Sérgio Paranhos Fleury.

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Fonte: ERMAKOFF, George (org.). Dicionário Biográfico Ilustrado de Personalidades da História do Brasil. Rio de Janeiro: G. Ermakoff Casa Editorial, 2012, pp. 778-779.

A Duplicidade do Homem Medieval

sexta-feira, 10 de março de 2017

O Combate entre o Carnaval e a Quaresma (1559). Pieter Bruegel o Velho (1526/1530 - 1569). Museu de Kunsthistorisches, Viena, Áustria.

"Tinha existido sempre um profundo abismo entre as ideias aceitas pelos homens e mulheres na Idade Média e aquilo que eles realmente faziam. Nem a crença de que uma vida mal orientada poderia conduzi-los às chamas eternas do Inferno lograva sofrear as injustiças flagrantes ou as vidas depravadas. O Papa, como Vigário de Cristo, não hesitava em usar os seus poderes de excomunhão para promover as ambições da família ou consolidar o seu poderio territorial."

GREEN, V.H.H. Renascimento e Reforma - A Europa entre 1450 e 1660. Tradução de Cardigos dos Reis. Lisboa: Dom Quixote, 1991, p. 20.

Prêmio Clio 2017

quarta-feira, 8 de março de 2017

As medalhas dos campeões da edição do ano passado do Prêmio Clio.


I. Justificativa
"[Os estudos] podem ser dirigidos de tal maneira que propenderão ao fortalecimento e à formação do caráter. Quanto a nenhum outro estudo isto é mais verdade do que em relação ao de História." Educação, p. 238.

"A ciência dos homens no tempo", como Marc Bloch definiu a História, é fundamental para a formação cívica e humanística, bem como para a compreensão das profecias bíblicas e do mundo em que vivemos. Assim, incentivar o seu estudo, em total integração fé e ensino, fortalecerá a identidade da nossa instituição e ampliará o senso crítico, a capacidade reflexiva e o respeito ao patrimônio histórico e cultural.

II. Definição
O Prêmio Clio, já em sua terceira edição no Colégio Adventista de Vitória, premiará os dois alunos que mais se destacaram no aprendizado da disciplina de História.

III. As fases do concurso
A seleção do Prêmio Clio se dará em duas fases.

A primeira fase ocorrerá ao longo do primeiro semestre. Salvo em casos de desistência, todos os alunos dos sétimos, oitavos e nonos anos do Ensino Fundamental e do Ensino Médio estarão automaticamente inscritos. Ao final do segundo bimestre, os dois alunos com maior média parcial em História de cada uma dessas turmas estarão classificados para a fase seguinte.

A divulgação da lista dos classificados será feita no blog do professor, logo após o encerramento do segundo bimestre. No blog, todas as informações relativas ao certame deverão ser buscadas na categoria "Prêmio Clio", na lateral direita da página.

A segunda fase consistirá na aplicação de uma prova discursiva, baseada em bibliografia previamente indicada. A aplicação da prova se dará no início do terceiro bimestre, logo após o retorno do recesso de julho, em data ainda a ser divulgada no blog.
Em caso de empate, em qualquer uma das fases, a nota alcançada no primeiro bimestre na disciplina de História será utilizada como critério de desempate. Persistindo o empate, a nota do segundo bimestre definirá o classificado. Em ambos os casos, as notas obtidas na recuperação não serão consideradas.

Serão premiados:

    o aluno vencedor das turmas do 7º, 8º e 9º anos do Ensino Fundamental II; e

    o aluno vencedor das turmas do Ensino Médio.

IV. Eliminação
Serão eliminados do Prêmio Clio os candidatos
- que faltem ou se atrasem para a realização da prova de seleção (a mesma não terá 2ª chamada);
- que tenham perturbado seus concorrentes, buscado informações ou consultado materiais, ou ainda utilizado qualquer aparelho eletrônico durante a aplicação da prova de seleção;
- cujas provas estiverem sem identificação ou que não tenham sido respondidas a caneta esferográfica azul ou preta.

IV. Recursos
Todas as provas serão arquivadas após a correção. Poderão consultá-las apenas os candidatos que solicitarem a vista. Caso queira, o candidato poderá interpor recurso, no mesmo dia da vista da prova. A contestação, devidamente fundamentada, deverá ser enviada para o e-mail do professor (<rleiteixeira@gmail.com>). A resposta será encaminhada ao candidato em até 48 horas.

Os casos omissos deste edital serão decididos pelo professor, em conjunto com a coordenação pedagógica da instituição.

V. Premiação
Uma cesta de livros, para cada um dos dois vencedores, e um prêmio simbólico para os segundos colocados.

Os três primeiros colocados de cada segmento também receberão medalhas de honra ao mérito, a serem entregues, juntamente com a premiação, numa cerimônia especial da capela.
 
VI.  Bibliografia indicada para a prova da segunda fase[1]

Ensino Fundamental
7º ano:
WHITE, Ellen G. O Grande Conflito. Tatuí, São Paulo: Casa Publicadora Brasileira [várias edições]. Apenas os capítulos 6 ("Dois heróis da Idade Média") , 7 ("A influência de um bom lar"), 8 ("O poder triunfante da verdade") e 9 ("A luz na Suíça").

8º ano:
SCHWARCZ, Lilia M. & SPACCA. As barbas do imperador. São Paulo: Companhia das Letras, 2013.
SCHWARCZ, Lilia M. & SPACCA. D. João Carioca. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

9º ano:
MUNDY, Susi H. & SCHURCH, Maylan. Mil cairão ao teu lado. Tatuí, São Paulo: Casa Publicadora Brasileira, 2004.

Ensino Médio
1º ano:
SILVA, Rodrigo. Escavando a verdade. Tatuí, São Paulo: Casa Publicadora Brasileira, 2014.

2º ano:
MUNDY, Susi H. & SCHURCH, Maylan. Mil cairão ao teu lado. Tatuí, São Paulo: Casa Publicadora Brasileira, 2004.
WHITE, Ellen G. O Grande Conflito. Tatuí, São Paulo: Casa Publicadora Brasileira [várias edições]. Apenas os capítulos 15 ("A Escritura Sagrada e a Revolução Francesa") e 16 ("O mais sagrado direito do homem").

3º ano:
GARSCHAGEN, Bruno. Pare de Acreditar no Governo - Por que os brasileiros não confiam nos políticos e amam o Estado. Rio de Janeiro / São Paulo: Record, 2015.
KULAKOV, Mikhail P. & SCHURCH, Maylan. Ainda que caiam os céus. Tatuí, São Paulo: Casa Publicadora Brasileira, 2010.



[1] Os livros que constam nesta bibliografia poderão ser tomados emprestados na biblioteca, adquiridos no SELS ou, ainda, diretamente com a Casa Publicadora Brasileira (http://www.cpb.com.br/). O livro O Grande Conflito pode ser acessado no seguinte site: <http://ellenwhite.cpb.com.br/>. Os artigos indicados estão disponíveis na internet. Em todo caso, é de inteira responsabilidade dos concorrentes reunir e estudar a bibliografia exigida para as suas respectivas provas.

O que é Fascismo?

domingo, 5 de março de 2017

«História do Mundo Grego Antigo»

quarta-feira, 1 de março de 2017


LEFÈVRE, François. História do Mundo Grego Antigo. Tradução de Rosemary C. Abilio; Revisão técnica de Airton Pollini. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2013. 

Eis uma obra primorosa que valeu muito a pena o fichamento que concluí hoje. Seu autor foi membro da Escola Francesa de Arqueologia em Atenas e atualmente leciona história grega na Universidade Paris IV-Sorbonne. Suas publicações dão enfoque nas relações internacionais e as instituições no mundo grego, do período arcaico à época imperial. 

Trata-se de uma obra essencial para qualquer historiador e pessoa que queira estar bem informada sobre a cultura e a história da civilização grega antiga. Livro erudito e atualizado com as descobertas mais recentes no campo da arqueologia, ao mesmo tempo serve para conhecer a história como para conhecer como se pesquisa a história da Grécia. 

Cada capítulo traz um guia sobre as principais fontes do período a qual trata (e, além disso, na Introdução, há uma visão geral da documentação primária da civilização grega). O capítulo 2 trata das principais características geográficas. 

A primeira parte da obra é relativa à Pré-história e à Idade do Bronze gregas. O cap. 4, sobre o Mundo Minoico, apresenta uma cronologia e as evoluções dessa civilização. O cap. 5, por sua vez, trata do Mundo Micênico (e destaca que nessa civilização o urbanismo aparentemente foi muito menos planejado do que em Creta). 

A segunda parte trata da Época Arcaica. O cap. 6 ("A Grécia do Século XI ao Século IX") começa por explicar porque esse período é conhecido como a "Idade Obscura": pela nítida regressão da civilização grega e pela falta de documentos escritos. O cap. 7 é um dos mais interessantes: trata do Mundo Grego no tempo de Homero e de Hesíodo. O cap. 8 é sobre "O Aparecimento das Cidades e a Aventura Colonial". O capítulo subsequente trata da evolução das cidades na Época Arcaica. 

A terceira parte trata da Época Clássica. O Cap. 10 é sobre as Guerras Médicas e o 11 é sobre a Pentekontaetía ("cinquenta anos" - relativo ao intervalo entre o fim das guerras médicas e o início da Guerra do Peloponeso, em 431 a.C.).