domingo, 20 de agosto de 2023
Hitler confidenciou então a seus auxiliares mais chegados que não pensava de nenhum modo em promover a extinção, como se fizera na Rússia, dos grandes proprietários; ao contrário, queria levá-los a construir uma nova economia com todas as possibilidades por ela implicadas. Essa classe ainda se consideraria feliz por ver sua existência mantida e suas riquezas poupadas, mesmo que viesse a perder sua independência. Devia ele, pois, modificar essa vantajosa relação de forças, o que traria como único resultado a necessidade de lutar em seguida contra os "primeiros combatentes" e membros muito zelosos do partido, que não cessavam de gabar seus próprios méritos? O problema do título formal de posse dos meios de produção resultava numa simples questão de detalhe: "Por que eu iria forçar essas criaturas a se submeterem a uma disciplina rígida, da qual não conseguem escapar? Eles podem ter tantas terras ou usinas quanto queiram, o importante é que o estado, por intermédio do partido, decida quanto às suas ações e atitudes, pouco importando, assim, que sejam proprietários ou operários. Compreendem agora que tudo isso não significa mais nada? Nosso socialismo tem uma forma de agir muito mais profunda. Não modifica a ordem das coisas, não faz senão mudar as relações dos homens com o estado (...) Que significado têm a partir de agora as expressões 'propriedade' e 'renda'? Por que teremos a necessidade de socializar os bancos e as usinas? Nós socializamos os homens."
FEST, Joachim C. Hitler. Tradução de Analúcia Teixeira Ribeiro [et. al.]. Rio de Janeiro: PocketOuro, 2010, p. 350-351.
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