“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel

“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel
Villa Borghese, Roma, Itália.

Quadro Atual da República do Brasil

domingo, 6 de dezembro de 2015




A situação do Brasil está muito difícil.

Consideremos que a presidente Dilma Rousseff  (PT) sofra o impeachment. Neste caso, o vice, Michel Temer (PMDB), assumirá o poder.

Ocorre que a chapa Dilma-Temer está sendo investigada no TSE, e o vice-presidente poderá ter o seu mandato cassado. Se isso acontecer, como eles estão na primeira metade do mandato, o sucessor interino assume o cargo com o dever de convocar eleições dentro de 90 dias.

Neste caso, o sucessor é o presidente da Câmara de Deputados, Eduardo Cunha, que também é do PMDB. Ora, Cunha foi denunciado ao Supremo Tribunal Federal (STF) por ter recebido R$ 5 milhões do esquema investigado pela Operação lava Jato, e responde a processo no Conselho de Ética da Câmara. Se não for cassado pelos seus pares, provavelmente o será pelo STF.

Se isso ocorrer, o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros, do mesmo partido de Temer e Cunha, é o próximo na linha de sucessão. Assim como o Cunha, também está implicado na Lava Jato e, por autorização do STF, está sendo investigado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Se o Renan não puder assumir a presidência, Ricardo Lewandowski, presidente do STF, assumirá o cargo máximo da República. Conforme denunciou um jornalista, Lewandowski, no cago em que ocupa, comporta-se como um "procurador dos interesses do PT".

É verdade, contudo, que contra ele não existe qualquer denúncia ou investigação formal. Mas, se vier a assumir interinamente a presidência da República, seu vice será o deputado federal mais votado nas últimas eleições. Quem é ele? Ninguém menos que Celso Russomanno (PRB-SP), condenado recentemente a dois anos e dois meses por peculato.

Chegamos ao fundo do poço.

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