domingo, 12 de junho de 2016
Embarcações de guerra romanas. Clique para ampliar.
Ao contrário da infantaria, a marinha sempre desempenhou um papel menor dentro do organograma do exército romano, embora estudos recentes tenham procurado ressaltar a sua utilidade.
A constituição de uma marinha permanente foi uma das primeiras preocupações de Otávio, o vencedor da batalha de Ácio. Desde 31 a.C., o futuro imperador Augusto instalou a maior parte de seus navios na cidade costeira de Fréjus (atual França). Pouco depois, ele os transferiu essencialmente para a Itália, a Miseno e Ravena (acredita-se que, a partir desses portos, alguns navios teriam como missão controlar o Mediterrâneo ocidental enquanto outros patrulhariam o oriental). Segundo um tratado militar do séc. IV,
Antigamente, o povo romano mantinha a frota em prontidão permanente, para dignidade e grandeza do Império, e para ter a postos para qualquer eventualidade. Ninguém ousa provocar ou atacar uma nação prevenida e armada, preparada para a vingança. Tanto em Miseno como em Ravena, havia uma legião destacada para ambas as esquadras, para que não estivessem muito longe de Roma, mas ao mesmo tempo prontas para chegarem rapidamente e sem demora a qualquer parte do mundo.
Vegécio, Epitoma rei militari, 4.31.
Posteriormente, diferentes flotilhas pontuaram a presença romana nos mares periféricos e nos grandes rios (estamos nos referindo às frotas da Britânia, da Germânia, da Panônia, da Mésia, do Ponto, da Síria e de Alexandria).
O comando de cada esquadra italiana estava a cargo de um prefeito oriundo da ordem equestre, exceto durante os reinados de Cláudio e de Nero, quando tal tarefa foi confiada a um liberto. A partir de Nero, cada um deles passou a ser assistido por um subprefeito. Sabe-se também da presença de um oficial denominado praepositus reliquationi. As frotas provinciais eram confiadas a centuriões legionários destacados para o cargo e a prefeitos equestres.
As estimativas sobre o contingente de soldados que serviram na marinha romana giram em torno de 40 e 45 mil, um número que pode parecer excessivo, mas de modo algum inverossímil.
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Bibliografia consultada: BOHEC, Y. Le. El Ejército Romano - instrumento para la conquista de un imperio. Barcelona: Ariel, 2004, pp. 39-40.
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