quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020
PrefácioDamos crédito aos alarmistas - ninguém é tão sombrio sem uma razão. Também damos crédito aos céticos - eles nos oferecem esperança. Observamos como governos, ONGs e grupos de pressão fazem o seu jogo para aumentar a ansiedade comum.
A história nos ensina que projetos de grande escala perdem eficiência e responsabilidade quando deixados nas mãos dos burocratas. As regulamentações governamentais, por sua vez, produzem efeitos colaterais que frequentemente pioram aquilo que procuravam solucionar.
Uma lição para os ambientalistas: nenhum projeto de larga escala terá êxito se não estiver enraizado no raciocínio prático de pequena escala. Somos nós que temos de agir. A filosofia conservadora brota das rotinas diárias e não oferece soluções detalhadas para problemas específicos. Scruton propõe que as questões ambientais sejam enfrentadas por todos, na esfera das circunstâncias diárias, para que não sejam confiscados pelo Estado. Defende as iniciativas locais contra os esquemas globais, a associação civil contra o ativismo político. Consequentemente, seu argumento é contrário ao que se vê em boa parte da literatura ambiental de nosso tempo.
SCRUTON, Roger. Filosofia Verde: Como Pensar Seriamente o Planeta. Tradução de Maurício G. Righi. São Paulo: É Realizações, 2017.
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