“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel

“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel
Villa Borghese, Roma, Itália.

Borba Gato (c. 1628 - c. 1718)

quarta-feira, 28 de julho de 2021

 

Borba Gato, Manuel de 
São Vicente, c. 1628 - Sabará, c. 1718. 

Manuel de Borba Gato é um dos nomes mais conhecidos e populares do bandeirantismo paulista do século XVII. Nasceu em São Vicente por volta do ano de 1628. Em 1670, casou-se com Maria Leite, e com ela teve três filhas. Foi o fundador de Sabará, local onde veio a falecer em 1718, quando ocupava o cargo de juiz ordinário.

Na história de Borba Gato há passagens singulares que fazem de sua biografia tema de interesse e curiosidade geral. Fez parte da grande bandeira comandada por seu sogro - Fernão Dias Paes, "o caçador de esmeraldas" -, que explorou o sertão de Sabarubuçu entre 1674 e 1681. Tal bandeira buscava as míticas jazidas de esmeralda e prata.

Em 1682, foi acusado de ter assassinado ou ser o mandante da morte do administrador geral das minas d. Rodrigo de Castel-Branco. O motivo exato do desentendimento permanece desconhecido, mas o certo é que Borba Gato fugiu para o sertão, onde permaneceu por muitos anos. Enquanto esteve foragido, descobriu ouro na região de Sabará e nos vales dos rios Sapucaí e Grande. Notabilizou-se, desse modo, como um dos pioneiros descobridores de metais preciosos em Minas.

Como recompensa por seus feitos à Coroa portuguesa, diante das promessas de minas ricas e abundantes, Borba Gato foi perdoado pelo crime que cometera, acabando por ser nomeado tenente-general em 1711, no arraial de Sabará. Ali também ele exerceu outras funções e cargos, até o fim de sua vida.

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Adaptado de ERMAKOFF, George (org.). Dicionário Biográfico Ilustrado de Personalidades da História do Brasil. Rio de Janeiro: G. Ermakoff Casa Editorial, 2012, p. 215.

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