domingo, 14 de agosto de 2016
Namouna, 1887, Henri Adrien Tanoux (1865-1923). As mulheres brancas capturadas pelos piratas islâmicos normalmente alimentavam o mercado da escravidão sexual.
O número é pequeno perto do total de escravos africanos negros levados para as Américas ao longo de quatro séculos - entre 10 e 12 milhões - mas é bem maior do que até então se imaginava. Assim, Davis refuta com a sua pesquisa a ideia de que a escravidão na Idade Moderna tenha sido essencialmente de natureza racial. "Ser escravizado era uma possibilidade muito real para qualquer pessoa que viajasse pelo Mediterrâneo ou que habitasse o litoral de países como Itália, França, Espanha ou Portugal, ou até mesmo países mais ao norte, como Reino Unido e Islândia", afirma.
Os ataques dos piratas eram tão violentos que cidades costeiras do Mediterrâneo foram abandonados por seus apavorados moradores. Os seus algozes partiam de cidades como Túnis e Argel. As pessoas capturadas eram levadas para trabalhar em pedreiras, na construção pesada e como remadores nas galés dos próprios piratas.
Fonte: Folha Online
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