“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel

“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel
Villa Borghese, Roma, Itália.

Beija-Mão

quinta-feira, 18 de setembro de 2025

A cerimônia de corte do beija-mão foi uma função medieval resgatada pelos Bragança. A representação pública colocava o monarca em contato direto com o vassalo. Este, por sua vez, lhe apresentava as devidas reverências e suplicava por alguma mercê, frequentemente concedida pelo rei. O cerimonial reforçava a autoridade paternal do soberano protetor da nação, bem como o respeito à monarquia. Regras prescritas determinavam a sequência de atos que levava ao ponto mais alto da cerimônia do beija-mão. No Brasil, o ritual do beija-mão adquiriu um caráter essencial nas cerimônias celebradas por d. João VI, que aparece em seu trono na ilustração acima, de autoria de A. P. D. G. e datada de 1826. O rei recebia o público todas as noites, exceto domingos e feriados, no palácio de São Cristóvão, acompanhado por uma banda musical. Esse ritual antiquado, como foi observado por convidados austríacos na corte carioca, fez parte do papel assumido por d. João como um monarca absoluto. Em 1871, D. Pedro II aboliu tal cerimonial.

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