quinta-feira, 9 de maio de 2024
Na esfera internacional, envolvendo questões sobre guerra e paz, a intelligentsia com frequência diz que a guerra deveria ser o "último recurso". Mas muito depende crucialmente do contexto e do significado específico dessa frase. A guerra deveria ser, é claro, "um último recurso", mas último em termos de preferência, em vez de último no sentido de se aguardar indefinidamente enquanto os perigos e as provocações se acumulam sem resposta, enquanto o pensamento fantasioso ou os acordos ilusórios substituem sérios preparativos militares ou, se necessário, a ação militar. Como disse Franklin D. Roosevelt em 1941, "se você não atirar e esperar até que veja o branco dos olhos do outro, você nunca saberá o que o atingiu". A insistente irresolução da França durante a década de 1930 e o período da "guerra de araque", que terminou com o colapso do país em 1940, deu ao mundo um exemplo doloroso sobre como o cuidado excessivo pode ser levado a um ponto em que se torna perigoso.
SOWELL, Thomas. Os Intelectuais e a Sociedade. Tradução de Maurício G. Righi. São Paulo: É Realizações, 2011, p. 452-453.
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