sexta-feira, 10 de maio de 2024
As pessoas que se reconhecem como "progressistas" não afirmam apenas que são favoráveis às mudanças, mas que essas mudanças são sobretudo benéficas, ou seja, promovem o progresso. Contudo, outras pessoas que também defendam mudanças, mas de naturezas um tanto quanto diferentes, podem, da mesma forma, dizer que suas mudanças são para melhor. Em outras palavras, todo mundo é progressista, segundo sua própria ótica. O fato de algumas pessoas se imaginarem peculiarmente inclinadas ao progresso não constitui apenas mais um exemplo de autoglorificação, mas também representa uma fuga. Tenta-se escapar da prova ao não mostrar, com base em evidência e análise, onde e por que suas propostas particulares de mudança produziriam melhores resultados do que as mudanças propostas por outras pessoas. Em vez de percorrer todo esse processo investigativo, desqualificam-se os adversários, sem maiores critérios de análise e de prova, dizendo, como fez John Dewey, que são "apologistas do status quo".
SOWELL, Thomas. Os Intelectuais e a Sociedade. Tradução de Maurício G. Righi. São Paulo: É Realizações, 2011, p. 164.
0 comentários:
Enviar um comentário